Carta Aberta: Apelo ao Funcionamento Democrático das Assembleias da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Carta Aberta
Apelo ao Funcionamento Democrático das Assembleias da Ordem dos Psicólogos Portugueses
O envolvimento dos psicólogos na vida da Ordem Profissional, não é apenas o garante de um melhor funcionamento da Ordem, como um garante da boa representação que a Ordem deve fazer de todos os seus profissionais.
Passadas as eleições e o período de parabenização aos vencedores, urge criar uma única equipa constituída por todos aqueles que diariamente representam a nossa profissão – todas e todos os psicólogos portugueses, com ou sem quotas pagas. Neste sentido, o conhecimento da vida interna da Ordem, em particular das suas delegações, permite não apenas uma auscultação do seu funcionamento, mas principalmente a criação de um espaço de livre de participação em que todas e todos os psicólogos sentem que são bem-vindos a um debate construtivo em torno da profissão.
Ora, aqui chegados, importa sensibilizar, que apesar das condicionantes do contexto pandémico que atravessamos, não são necessárias mais condicionantes, administrativas e injustificadas, que transformam um processo fluido, num processo com diversas barreiras logo à partida. Desta forma, sendo um direito dos membros das Delegações participarem livremente nas assembleias, é um dever das delegações garantir que essa participação pode ser feita exatamente nesses moldes. Se em contexto normal, basta o psicólogo comparecer à assembleia, porque é que em contexto online precisa de avisar antecipadamente? Basta a respetiva mesa enviar via e-mail o link para cada um dos psicólogos da delegação.
Por outro lado, o bom exercício democrático e a segurança que este deve oferecer, exige o cumprimento dos Estatutos, não se percebendo a ausência de discussão da eleição da mesa nas respetivas convocatórias e decisão unilateral de manter em funções um órgão que deixou de ter legitimidade após as eleições. Mais estranho é, o facto de as assembleias serem agendadas com o intuito de discutir e votar o Relatório de Atividades e Contas de 2020 e em algumas delegações esse documento só ter sido enviado aos membros poucas horas antes da reunião, como aconteceu por exemplo na Delegação da Madeira e na Delegação do Centro. Mais bizarro, foi a tentativa de defender que os documentos a serem discutidos e votados nem precisavam de ser enviado, como ocorreu na Delegação do Centro.
Por tudo o que foi exposto, apelamos que de agora em diante, o mandato dos novos órgãos seja orientado de modo a garantir os direitos das Psicólogas e dos Psicólogos Portugueses, nomeadamente de livre participação, acesso atempado à informação e transparência.
Apelar a tudo isto é apelar à união das Psicólogas e dos Psicólogos pelo seu envolvimento na Ordem.