Rita Diogo

Rita Diogo

Licenciatura em Psicologia, especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e especialidade avançada em Psicologia Comunitária.

Desempenha funções de psicóloga clínica na área dos comportamentos aditivos e dependências.

Também desenvolve consulta de psicologia em gabinete privado.

Técnica Superior e Responsável da Equipa de Tratamento de Lamego (Centro de Respostas Integradas de Vila Real, Administração Regional de Saúde do Norte).

 

  • Porque sou candidata?

O meu nome é Rita Diogo, sou psicóloga há 22 anos. Licenciei-me na Faculdade de Psicologia e Ciência de Educação da Universidade do Porto, em 1998. Tenho especialidade em Psicologia Clínica e da Saúde e especialidade avançada em Psicologia Comunitária. Desenvolvi a minha atividade profissional em várias áreas, desde a promoção e proteção das crianças e jovens até aos comportamentos aditivos e dependências, em contextos públicos e privados. Exerço clínica privada há mais de 20 anos. Antes de ser psicóloga sou cidadã e movo-me por causas, entre movimentos cívicos. Sou sensível às questões sociais, ao desequilíbrio que observo em várias áreas da nossa sociedade e da minha comunidade. Reconhecendo-me como exercendo uma cidadania ativa, tentando promover uma maior justiça social em todos os contextos onde sou interveniente e pergunto-me, então, porque razão estive tantos anos afastada da minha ordem profissional? Efetivamente, porque nunca senti que era importante para a Ordem dos Psicólogos, nunca senti que a minha opinião contasse. Estranho em mim esta pouca participação, eu que nunca me desviei do meu papel interventivo.

Ora, a Ordem dos Psicólogos foi criada pela Lei no 57/2008 de 4 de setembro, tendo entrado em funcionamento a 12 de abril de 2010, há mais de 10 anos, portanto. Recordo-me em tempos de faculdade de todo o nosso anseio por uma ordem, sim por uma ordem que promovesse a imagem da psicologia e que nos colocasse onde deveríamos estar, que nos dignificasse enquanto profissionais. Esperei por uma ordem solidária, que nos desse voz, que não nos deixasse sozinhos neste profissão eminentemente solitária, que promovesse a literacia em psicologia junto da comunidade. Nunca senti que fossemos realmente ouvidos, que fossemos efetivamente valorizados, que conseguíssemos ser verdadeiramente fortes. Durante vários anos resignei-me a um papel passivo, onde a ordem me colocou, no qual o que importa é pagar as quotas a tempo e horas. Durante vários anos fui trabalhadora precária, a recibos verdes, a contratos a prazo, sem sentir que a minha ordem fizesse muito por mim nem que estivesse muito preocupada com a minha situação profissional que, na verdade, é a da maioria de nós. Porque sou apaixonada por esta profissão resisti, empenhei-me em ser melhor, em aumentar a minha formação e a minha competência. Mas, senti-me quase sempre desacompanhada neste caminho, faltou-me sentimento de pertença a uma ordem profissional que me defendesse na resolução de questões práticas, que defendesse a minha profissão nos locais de trabalho por onde passei, que fizesse valer a nossa autonomia.

Apesar desta distância que sinto em relação à ordem sempre tentei exercer a minha profissão o melhor possível, respeitando os princípios éticos e deontológicos, reivindicando os direitos e também os deveres que tenho. Por esta razão, sou, por exemplo, orientadora do Ano Profissional Júnior, assumindo o dever de facilitar o acesso à profissão dos mais jovens, passando o conhecimento que tenho e que consolidei ao longo destes 22 anos de profissão. Mas, até no exercício deste dever no qual me envolvo, me sinto sozinha, nesta função de exercício do espírito colaborativo com a ordem também não sinto valorização ou reconhecimento. Eu e tantos de nós nos sentimos assim…

Acredito numa ordem que possa pugnar pela proteção dos seus elementos, que é sensível às suas necessidades, que constrói pontes entre o percurso académico e profissional, que apoia os seus membros mais jovens e os seus membros mais antigos, que cria sinergias de motivação para melhorar a profissão. É por acreditar que uma ordem profissional pode ser bem mais do que aquilo que temos tido ao longos destes 20 anos, que aceitei o convite para me juntar à Lista A.

Rita Diogo, candidata à Delegação Regional do

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